Admito também que apreciar um bom cardápio por puro prazer, está entre os mandamentos que abraço cotidianamente. Então, detecto mais um satisfatório pecado.
Não manifesto o desejo demasiadamente insano de acumular riquezas, até porque a única certeza que tenho, é que nada sei a respeito do amanhã, mas se eu disser que não amo gozar das maravilhas modernas representadas por agradáveis bens materiais, eu estarei mentindo. É, temperaram a minha vida com algumas pitadas de avareza!
Desde pequenos fomos conduzidos a desenvolvermos uma postura obediente e passiva pautada em tradições inventadas que sempre visaram conter os ânimos mais exaltados, sendo assim, nos foi ensinado que sentir e extravasar a popular "raiva", trata-se de uma conduta anticlerical. Mas seria isso um erro? Isso não está diretamente associado a existência humana? Raiva, seja bem-vinda, afinal você não é tão horrorosa assim, a grande maioria vive flertando com você!
Hoje não sei mais se a soberba deve ser "satanizada", confesso que a leve e sarcástica arrogância de Friedrich Nietzsche, Marquês de Sade, Oscar Wilde e Nelson Rodrigues tem os seus encantos e possibilitaram que eu lançasse novos olhares sobre o mundo. Se estou trilhando o caminho "certo" ou "errado", não sei. Prefiro deixar que a vida inserida na idéia que temos do tempo, seja a minha avaliadora.
A bela menina de longa data conhecida popularmente como "vaidade", definitivamente tem um poder encantador desmedido que agrada os gêneros masculino e feminino. Essa menina já mexeu com a cabeça de tanta gente, que desde que os primeiros grupos começaram a se organizar coletivamente, a mesma teve lá a sua parcela de contribuição para desestabilizar até os mais radicais populistas.
Enfim, me despeço sem muitas pompas porque a preguiça acaba de aparecer em meu quarto trajando uma envolvente lingerie Victoria's Secret, tenho que admira-la e voltar a executar o primeiro pecado. (Viny Jacques)