segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A Noite!

Linda, prazerosa, mágica, turbulenta, assustadora e ao mesmo tempo encantadora.

Socializamos momentos únicos, sorrimos, choramos, abraçamos e nos permitimos vivenciar o novo.

Estabelecemos interessantes contatos, damos adeus ao velho cansaço e partimos rumo ao acaso.

É nela que amores começam, ganham solidez, balançam, são colocados a prova e em muitas das vezes são ceifados.

Novas vidas chegam para conhecer esse mundo de vontades e representações, enquanto outras se despedem deixando saudades.

Seu poder de sedução nos convida incessantemente a nos rendermos ao ar de sua graça, ora pelo simples fato de termos acesso a ela, ora pela personificação da mesma através daquilo que desperta os sentimentos mais instintivos e demasiadamente humanos.

Hipnoticamente linda, ela parece entoar um mantra aos seus admiradores. A noite, a noite, a noite, a noite ... (Viny Jacques)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ta rindo é ?

Sabendo-se que a idéia de que tudo evolui é demasiadamente interessante ao homem. Há 2.500 anos, na Grécia Antiga, Heráclito dizia que as risadas tinham o poder de neutralizar boa parte dos problemas da sociedade. Guerras e vícios poderiam cair no ostracismo através de boas gargalhadas, na tentativa de maquiar uma situação desconfortável pelo menos para o maior interessado. Mesmo após longos 2.500 anos convivemos com a mesma situação e quando infelizmente não sabemos o que dizer sobre determinado assunto, gargalhamos, fazemos piadas e de vez em sempre desenvolvemos o bom sarcasmo.

Embora seja um tanto difícil admitir, alguns homens não suportam a idéia de que o mundo funcione sem que o mesmo seja o centro das atenções. Afinal, alguns como uma espécie de mecanismo de proteção, acabam não sendo transparentes o suficiente para lidar com algo e mais uma vez as risadas são colocadas em prática, seja através da famosa expressão francesa tête-à-tête ou pelas vias de comunicações tecnológicas (bate papos on-line e sites de relacionamentos como orkut, facebook e afins).

Acreditar que o mundo possa girar sem sermos o centro das atenções pode causar um turbilhão de sensações incomodas, sendo assim, mesmo não sendo possível participar de uma conversa descolada sobre os mais distintos assuntos somando idéias, passa a ser ilusoriamente interessante optar pelo caminho avesso que é a desconstrução do exercício da boa dialética através das fórmulas risadas, piadas e comédias.

Outrora tive a oportunidade de ler uma frase que com certeza ajudaria bastante às pessoas. Alguém aqui já teve a humildade de falar a frase simples, mas no entanto tão pouco utilizada no mundo, a famosa “Eu não sei” ? Imaginem como boa parte das coisas que nos cercam seriam menos problemáticas caso utilizássemos com mais freqüência o “Eu não sei”. Eu não sei resolver isso, Eu não sei interpretar aquilo, Eu não sei jogar cartas, Eu não sei ser hábil como o gaúcho no futebol, Eu não sabia que gostava tanto ao ponto de ficar incomodado ... eu simplesmente “não sei”.

Como dizia Francis Bacon “conhecimento é poder” e tenho que concordar com isso. Vivemos buscando o poder, e o homem ignorante (aquele que desconhece algo, ou seja, todos nós) não tem o “poder” que o mesmo acredita ter e por sua vez nem sempre terá as rédeas de uma situação.

Pegando carona em uma letra do Frejat, é sempre interessante lembrar que “rir de tudo pode ser interpretado como desespero”. (Viny Jacques)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Parafraseando o Humano!

Valorizando idéias.

Escalando acidentadas montanhas.

Trilhando em estradas incógnitas.

Mergulhando em mares revoltos.

Embriagando-se de novas experiências.

Irritando os radicais prosélitos fundamentalistas.

Repousando no foco do caos.

Entorpecendo antigos valores.

Relativizando óticas.

Revisionando o passado.

Problematizando o presente.

Apontando um possível futuro (mesmo que ele seja ilusório).

Desdenhando “verdades”.

Flertando com a loucura.

Beijando o desejo.

Abraçando o novo.

Sufocando a intolerância.

Abstraindo falácias.

Contemplando o simples.

Dando ouvidos ao desconhecido.

Contradizendo a vida.

E assim, segundo as palavras de Caetano e Chico, “a gente vai levando, a gente vai tocando, a gente vai tomando, a gente vai dourando essa pílula” que é a vida. (Viny Jacques)