sábado, 19 de março de 2011

Flertando com o meu eu-lírico!

Bem! Analisar as conjecturas sociais abraçadas pela grande maioria da população mundial, fragmentada por essa pluralidade de “verdades” que visam definir o que A, B ou C devem fazer, de fato age em mim como uma droga demasiadamente nociva, com a simples missão de matar-me aos poucos.

Seria tamanha a hipocrisia desenvolvida por mim, caso eu não admitisse que a ignorância a respeito de determinados assuntos que estão inseridos em nossa esfera social, pautada pelo que classifico como “maldita cegueira-obediente”, trata-se de uma “benção”, já que são tantos os confortos e benefícios adquiridos e usufruídos por nós, quando simplesmente resolvemos desviar o nosso olhar dos mais distintos alvos cotidianos.

Em meus tempos de guri (nada muito longe), quase tudo se configurava de maneira um tanto idealista, poética e romântica. Acreditava em heróis demasiadamente humanos que pudessem romper com a lógica global sustentada pela lei capital (que inocência de minha parte). Acreditava que as representações humanas pungentes desfaleceriam-se num passe de mágica, como outrora lia nas mirabolantes fábulas que conduz o povo em quase sua totalidade. Mas o mundo “real” felizmente (ou infelizmente, isso dependerá da ótica) nos convida a vermos as bases estruturais desse modelo organizacional sócio-político-econômico que nos acolhe, com certo pessimismo.

Enquanto isso, sigo trilhando o caminho para ser como dizia Nietzsche, um “homem que continuamente vê, vive, ouve, suspeita, espera e sonha coisas extraordinárias”, mesmo que isso não vá de encontro aos padrões morais vistos como inquestionáveis em nosso círculo social. Afinal, os princípios de alteridade devem ser colocados em primeiro plano. Sempre! (Viny Jacques)