Sabendo-se que a idéia de que tudo evolui é demasiadamente interessante ao homem. Há 2.500 anos, na Grécia Antiga, Heráclito dizia que as risadas tinham o poder de neutralizar boa parte dos problemas da sociedade. Guerras e vícios poderiam cair no ostracismo através de boas gargalhadas, na tentativa de maquiar uma situação desconfortável pelo menos para o maior interessado. Mesmo após longos 2.500 anos convivemos com a mesma situação e quando infelizmente não sabemos o que dizer sobre determinado assunto, gargalhamos, fazemos piadas e de vez em sempre desenvolvemos o bom sarcasmo.
Embora seja um tanto difícil admitir, alguns homens não suportam a idéia de que o mundo funcione sem que o mesmo seja o centro das atenções. Afinal, alguns como uma espécie de mecanismo de proteção, acabam não sendo transparentes o suficiente para lidar com algo e mais uma vez as risadas são colocadas em prática, seja através da famosa expressão francesa tête-à-tête ou pelas vias de comunicações tecnológicas (bate papos on-line e sites de relacionamentos como orkut, facebook e afins).
Acreditar que o mundo possa girar sem sermos o centro das atenções pode causar um turbilhão de sensações incomodas, sendo assim, mesmo não sendo possível participar de uma conversa descolada sobre os mais distintos assuntos somando idéias, passa a ser ilusoriamente interessante optar pelo caminho avesso que é a desconstrução do exercício da boa dialética através das fórmulas risadas, piadas e comédias.
Outrora tive a oportunidade de ler uma frase que com certeza ajudaria bastante às pessoas. Alguém aqui já teve a humildade de falar a frase simples, mas no entanto tão pouco utilizada no mundo, a famosa “Eu não sei” ? Imaginem como boa parte das coisas que nos cercam seriam menos problemáticas caso utilizássemos com mais freqüência o “Eu não sei”. Eu não sei resolver isso, Eu não sei interpretar aquilo, Eu não sei jogar cartas, Eu não sei ser hábil como o gaúcho no futebol, Eu não sabia que gostava tanto ao ponto de ficar incomodado ... eu simplesmente “não sei”.
Como dizia Francis Bacon “conhecimento é poder” e tenho que concordar com isso. Vivemos buscando o poder, e o homem ignorante (aquele que desconhece algo, ou seja, todos nós) não tem o “poder” que o mesmo acredita ter e por sua vez nem sempre terá as rédeas de uma situação.
Pegando carona em uma letra do Frejat, é sempre interessante lembrar que “rir de tudo pode ser interpretado como desespero”. (Viny Jacques)
é sempre um "colírio" a nosso intelecto e alma...as publicações deste grande pensador,pessoa e querido amigo jacques..vale a pena conferir seus pensamentos decodificados em forma de textos transmitidos a nós por ele...um dos grandes pensadores deste "século" em minha tão humilde e singela opinião...salve JACQUES!! q DEUS o abençoe sempre e que vc possa por mtos e mtos anos contribuir para o nosso tão batalhado dia a dia intelectual e humana-mente falando!
ResponderExcluirTio Viny, gostei muito dessa sua crônica (estou certa??!!), pois percorro exatamente o caminho inverso. Me vejo perdida em meio a tantos "Não sei" nos bolsos, que tenho medo de arriscar um pliê de conhecimento e me sair mal... É que o povo sabe demais; todo mundo sabe o que se passa no fundo do quintal que risca a existência humana. Eu, ao contrário, ainda encontro-me presa à camisa de força da ignorância. Eu te pergunto: isso é bom, ou ruim? Sabe por quê? Eu não sei!!!
ResponderExcluirDois pontos a comentar;...Primeiro, o "eu não sei" é preferível a arrogante postura de querer se mostrar maior e melhor a meio mundo, quando na verdade é humanamente impossível saber tudo sobre tudo. Não necessariamente façamos da ignorância nossa "best friend forever"; mas não saber, achar que sabe e distribuir enganação por aí é dose.
ResponderExcluirOutro ponto é a questão do rir. Não dá pra viver de gargalhada, como bem disse Frejat, RIR DE TUDO É DESESPERO. Mas vamos combinar que a vida também já é tão dura que , se não tivermos senso de humor; se não soubermos rir até de nossos atos, a coisa fica bem mais difícil.